Novos doadores podem fazer cadastro em qualquer uma das unidades do Hemocentro no Estado
A pandemia do coronavírus reduziu em 50% as ações de novos cadastros de possíveis doadores de medula óssea no Estado. Com a meta de atingir 8.6 mil doadores por ano, o Hemocentro conseguiu até agora, a metade do número previsto. Neste sábado (19), em que se comemora o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, as unidades da Hemocentro de Campo Grande e Três Lagoas estarão abertas para quem quiser doar sangue ou medula.
Embora este ano, em razão da Covid-19, as campanhas ocorrem de maneira diferenciada e virtual, Mato Grosso do Sul conta com 179,9 mil pessoas cadastrados como doadoras de medula óssea, de acordo com dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). A meta do Hemocentro e alcançar o índice até dezembro.
Se ainda não, mas deseja ser um doador, é bem simples. Basta comparecer em qualquer uma das unidades do hemocentro, com um documento de identidade e manifestar a vontade de ser um doador. O técnico irá colher uma amostra, que posteriormente, será colocado em um banco de dados do Redome. Em caso de compatibilidade, a pessoa será acionada.
O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e algumas outras doenças do sangue. Por isso, seja solidário. Este ato pode salvar a vida de uma criança, jovem ou adulto.
Sobre o que é a medula óssea
A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, conhecido por tutano. A medula produz os hemocomponentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Essas células são responsáveis por transportar o oxigênio no caso das hemácias, defender o organismo no caso dos leucócitos e as plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue. Tudo se origina na medula.
Medula óssea e medula espinhal não são a mesma coisa. A medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.
Quem pode Doar?
Pessoas entre 18 a 55 anos, que estejam com boa saúde. São retirados 5ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no Redome – do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Seus dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Se der compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada. Porém, para ter compatibilidade a chance no Brasil é de uma em cem mil e com alguém de outro país de uma em um milhão.
Como é o transplante?
Se for compatível o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde. O procedimento dura aproximadamente 90 minutos e é aplicada uma anestesia para que o processo seja sem dor.
As células de medula são tiradas do osso da bacia e não da espinha, portanto, não tem risco para a coluna. Do outro lado o paciente tem a sua medula doente destruída e recebe a as células de medula saudável do doador. A parte da medula retirada do doador se recupera sozinha em no máximo quinze dias.
Rodson Lima, SES
Foto: Agência Brasil