Por Mayra Franceschi
Credenciado e habilitado para enviar plasma para a Hemobrás – Indústria Brasileira de Hemoderivados, hoje, o Hemosul, que integra a SES – Secretaria de Estado de Saúde, comemorou a primeira remessa de plasma enviada para produção de hemoderivados, 512 unidades. O caminhão com rastreamento, sensores de temperatura em vários pontos da carga e transporte a -30° negativos saiu do Hemosul Coordenador ontem, 3/10.
O Hemosul passa então a ser fornecedor de plasma para a Indústria Brasileira, um papel fundamental a ser desempenhado, auxiliando a Hemobrás a alcançar a autossuficiência do País em Produção de medicamentos advindos de hemocomponentes do sangue, que irão auxiliar inúmeros pacientes de coagulopatias e doenças auto imunes a obterem, ainda com mais facilidade, o que é necessário para sua qualidade de vida.
Atualmente, os hemoderivados são fornecidos pelo SUS e distribuídos no Estado gratuitamente, exclusivamente pela Rede Hemosul MS. Porém, o Brasil ainda importa muitos hemoderivados e outros já são produzidos pela Hemobrás. Em um futuro breve, a Hemobrás aponta para a autossustentabilidade, a produção de todo o contingente necessário para abastecer o País.
“Mais uma conquista do Hemosul que nos orgulha muito. Com o envio do plasma hoje alcançamos uma etapa de crescimento significativo”, comenta Ceres Maria Carvalho de Mello , chefe da distribuição. “Realizamos um passo importante para a Instituição e a produção e envio do plasma para a Indústria Brasileira nos confirma como colaboradores em mais uma frente dessa causa tão significativa do sangue, que é muito maior do que se pensa”, afirma Júlio César Sant’Ana Silva, gerente de produção da Rede Hemosul MS.
Também é importante ressaltar que a Rede Hemosul MS, assim como todas as hemorredes do País, sem exceção, são contra o pagamento pelo plasma humano, isto significa ser contra a PEC 10/2022. Isto traria insegurança aos pacientes, prejuízo ao desenvolvimento da indústria nacional e feriria a recomendação da OMS que define sangue como doação voluntária e não remunerada. A possibilidade de omissão ou inverdades na triagem clínica aumentaria significativamente e o risco de contaminação dentro da janela imunológica (período não captado por exames) também. “Somos a favor da doação voluntária e solidária com o único intuito de salvar vidas, com responsabilidade e consciência cidadã. A favor da autossuficiência da indústria nacional, questão perfeitamente possível e da distribuição única e gratuita dos hemoderivados pelo SUS”, afirma Marli Vavas, coordenadora da Rede Hemosul MS.